FAMÍLIA: RAÍZES E FRUTOS

bem-vindo

Este espaço visa apontar caminhos que possibilitem que o casamento e a família sejam vivências humanas das mais gratificantes. Para tornar agradável, atraente e cativante o tempo vivido em família, é preciso saber escutar e compartilhar momentos. A felicidade não é um presente que o casal recebe no dia do casamento, mas algo que é construído no espaço conjugal. Viver bem em família é como um trabalho artesanal de construção diária. Há tempos, o psicólogo norte-americano, Carl Rogers, dizia que “a união entre um homem e uma mulher precisa ser trabalhada, construída e constantemente revigorada pelo crescimento dos dois”. Nossa oração a Deus é que cada casal saiba extrair o sentido da vida de cada momento, situação, desafio ou conquista para registrá-las nas páginas do álbum da história familiar.

Encontro de Casais em Itaim Paulista


O 1° Encontro de Casais na ICPB em Itaim Paulista, Campo da Grande São Paulo, foi realizado no dia 23/06/2011. Estiveram presentes cerca de 40 casais. Houve palestra, brincadeiras, renovação de votos e a festa encerrou-se com um delicioso jantar. Parabéns à equipe organizadora!







 

Encontro de Casais - São Bernardo do Campo/SP


Dia 18 de junho tivemos um encontro com cerca de 20 casais da ICPB em Vila São Pedro. O evento foi acompanhado de pizzas no salão social da igreja.

Relacionando-se com os pais da minha amada


"A Sogra" (Jennifer Lopez e
Jane Fonda) é outro filme que
retrata esse tema. Se ele é o homem
de seus sonhos,sua mãe 
pode ser a grande rival.
          “Entrando numa fria” e “Entrando numa fria maior ainda com a família”, filmes estrelados por Ben Stiller e Robert De Niro, retratam como a relação entre genro e sogro pode ser marcada por ansiedade e rivalidade. Não é diferente quando o assunto é nora e sogra. Qualquer conflito desse teor pode se tornar um conflito entre o casal.
          Há uma história interessante que aponta essa relação nem sempre agradável. Sun Tui, chinesa, acabara de se casar e a sogra a sobrecarregava com todos os afazeres possíveis, desde os cuidados da casa até dar comida aos porcos, fazendo dela a sua empregada. Sun Tui considerava injusto e maldoso tal comportamento, além de sentir-se exausta pelas exigências. Por isso tudo, evidentemente, odiava a sogra. Cansada desse tratamento e desesperada foi procurar um mestre herborista (pessoa que conhece as virtudes das plantas) para lhe pedir uma forma de matar a velha cruel. Narrou sua triste rotina diária e o especialista resolveu ajudá-la. “Vou lhe dar um veneno potentíssimo, de ação lenta e segura" - disse ele -
"Mas é preciso dá-lo aos pouquinhos, todos os dias, assim ninguém suspeitará de você nem de mim quando sua sogra morrer. Nesse período, para evitar suspeitas, você deve fingir tratar sua sogra com todo carinho, satisfazendo seus caprichos com alegria, só assim poderei ajudá-la". Sem muita opção, Sun Tui foi obrigada a aceitar as condições, começando a desempenhar suas tarefas com cuidado e eficiência. Antes mesmo de a velha ordenar, Sun Tui já adivinhada o que alegraria a cruel sogra e antecipava-se aos seus desejos. Trazia flores e presentes para vê-la feliz. À tarde cozinhava lanches maravilhosos para agradá-la. A casa brilhava e Sun Tui nem reclamava da sogra ao marido, como antes fazia. Mas, evidentemente, não deixava de colocar o veneno no chá dado à noite para a sogra. Não demorou e a sogra começou a mudar sua atitude com a nora. Pedia para Sun Tui ficar ao seu lado e lhe contava histórias. Começou a presenteá-la com lindos cortes de tecidos de seda para ela fazer vestidos. Dava-lhe pulseiras e anéis preciosos, para que se enfeitasse. Pareciam até mãe e filha. Sun Tui também passou a vê-la de modo diferente. O carinho, o cuidado e a preocupação com a idosa passaram a ser reais. Certo dia, arrependida por ter pensado em matar a arqui-inimiga, voltou desesperada ao herborista, perguntando se não haveria um jeito de reverter o processo de envenenamento. O mestre escutou suas lamúrias, pediu o veneno de volta. Diante dos olhos arregalados da menina, ele despejou o pacotinho de uma só vez no próprio chá e tomou. Sorrindo, o velho herborista que conhecia a alma humana, tinha usado de um artifício para despertar o coração da menina. Nunca houve e nem era preciso de veneno. Sun Tui tinha aprendido a amar.
          Quando as pessoas se casam, não se unem apenas uma à­ outra; também se casam com uma família mais ampla que con­siste nos sogros, cunhados, sobrinhos e avós. O casamento envolve uma mudança em termos de dedicação. Antes de se casar, a dedicação é aos pais, depois do casamento passa a ser ao cônjuge, porém há jovens maridos e esposas que não conseguem se conectar um ao outro por ainda estarem muito ligados aos pais. Assim como o marido deve ficar ao lado da esposa, esta não deve criticar a sogra, pois ele é apegado à mãe e certamente estará dividido a respeito de prestar seu apoio a ambas. Muito embora “disputando o mesmo homem”, a nora não precisa competir com a sogra, afinal se ela conquistá-la, também conquistará o marido, que é filho dela.
          É indispensável que os pais e sogros sejam pessoas com quem o casal possa contar, inclusive depois de situações inesperadas, após o nascimento dos filhos. Por outro lado, o mandamento para tratar os pais com honra (Ef 6.2-3) não se encerra quando se casa e os sogros de ambos necessitam receber o cuidado recomendado na Bíblia: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (Paulo em 1Tm 5.8).

Ademir T. de Freitas
Psicólogo (CRP 06/90.535)

Papai e mamãe estão brigando!


            
          Conta-se a história de um psicólogo que ainda  jovem fez especialização em comportamento infantil. Com muita autoridade no assunto deu uma palestra a pais, na qual falou sobre “Dez REGRAS para criar filhos”. Os anos se passaram e quando ele se tornou pai, mudou o título da palestra para “Dez SUGESTÕES para criar filhos”. Conforme os filhos chegaram à adolescência, ele já tinha mudado novamente o título para “Dez PERGUNTAS acerca de criar filhos”.
          No presente artigo falaremos sobre como crian­ças com quadro de irritabilidade, desatenção, agressividade ou comportamento de hiperatividade podem estar envolvidas nas tensões entre os pais.
          É importante assinalar que os obstáculos não superados, no início do casamento, podem sobrecarregá-lo com as dificuldades do casal em também se tornar pai e mãe. Casais imaturos não toleram as necessidades do filho, uma vez que precisam primeiramente resolver as próprias demandas. Cada um exige do outro uma atenção maior e o filho é percebido como um rival que quer privilégios e exclusividade. Em situações assim não existem recursos afetivos para cuidar de um terceiro: o filho. Esses pais provavelmente não usufruíram os cuidados de seus próprios pais. Casal desse perfil terá dificuldade tanto para suprir as carências um do outro quanto se doar de modo saudável ao filho.
          Quando o casal está distante um do outro, não é incomum que um dos dois, geralmente a mãe, se apegue à criança, excluindo o marido. Quanto menos receber afeto dele, mais ela precisará receber do filho e quanto mais envolvida com este, menos tempo e energia terá para o marido, criando um círculo repetitivo. É comum o marido brigar com o filho como um modo de agredir à esposa. Inconscientemente, a criança que ama a ambos pode adoecer ou ter um comportamento que faça os pais interromperem as discussões. Ao desviar seus conflitos para o comportamento do filho, os pais dão uma pausa no conflito conjugal, embora o custo para a criança ou adolescente possa ser grande. Se  este é o caso e os pais querem ajudar ao filho, uma sugestão é iniciar uma terapia de casal, visando fortalecer os vínculos conjugais.

          Sei que é difícil compreender porque os pais também precisam ser tratados se as dificuldades estão no filho, porém a relação entre o casal é anterior à relação com o filho, por isso prioritária. Se o casal está bem, ampliam-se as possibilidades, podendo marido e esposa cuidarem melhor de si, um do outro e do próprio filho.
Ademir T. de Freitas
Psicólogo (CRP 06/90.535)