Conta uma história indiana que uma senhora idosa andava de um lado para o outro, no jardim de sua casa, procurando alguma coisa. Ao vê-la nessa situação, um jovem perguntou-lhe em que podia ajudá-la e ela respondeu que tinha perdido uma agulha. Sob intenso sol, prontamente o rapaz se pôs a vasculhar todo o jardim e após um longo tempo, já cansado, perguntou à mulher se pelo menos ela tinha ideia de qual canto do jardim a agulha caíra. Com indiferença, ela respondeu que perdera a agulha “dentro da casa”. Perplexo e já raivoso, o rapaz a questionou:
— Mas, então, por que a senhora não está procurando lá dentro?
Com um olhar bastante simplório, ela respondeu:
— E que lá dentro está muito escuro!
Adaptando esse conto ao casamento, ele nos ensina que o casal em crise busca em lugar errado os recursos que possui , os quais, se encontrados, dariam suporte importante para a superação de seus problemas.
Em contextos de conflito conjugal, “acender a luz” se torna uma ação difícil, pois a luminosidade aponta não apenas para as competências e força do casal, como também para o que está fora de lugar e requerendo faxina imediata. É necessário somar um mínimo de motivação e determinação para encontrar uma mera, mas importante agulha que em muito ajudará a tecer a felicidade do casal.
© Abr 2010 Ademir Teixeira de Freitas
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